quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Evolução da Reflexão Humana

                                                                                                                                             


terça-feira, 25 de maio de 2010

REFORMA PSIQUIATRICA


Estudo feito sobre a reforma psiquiátrica, baseado em pesquisas bibliográficas e entrevista realizada com profissional da área, tendo como objetivo correlacionar proposta teórica com atuação prática.

O movimento pró reforma psiquiátrica iniciado na década de 70 no Brasil, luta por mudanças políticas, sócio-culturais e busca conscientizar a sociedade para respeitar as diferenças a fim de que os portadores de transtornos mentais possam exercer seus direitos de cidadania. A conquista política com a aprovação da Lei 10.216 de 2001 foi um marco, após 30 anos de luta, de fundamental importância para a inserção social do portador de transtorno mental.

Com base na pesquisa e entrevista realizada, observamos que significativa parte da Lei não está em vigor, por falta de estrutura organizacional, recursos financeiros e uma sociedade sem conhecimento a respeito de como conviver em segurança com o portador de transtorno metal, resistindo a inserção do mesmo. A reforma propõe alternativas extra-hospitalares como as oficinas terapêuticas, hospitais-dia, programas de atenção primária, entre outros. No entanto, essa proposta não cumpriu seu objetivo, porque se centrou exclusivamente na ampliação da rede ambulatorial sendo pouco significativa a redução das internações. Contudo houveram conquistas relevantes: início das discussões no que diz respeito as necessidades e direitos, conquista da cidadania, visão crítica em relação as pseudo-terapias, torturas e abusos de diversas ordens, e surgimento do trabalho em equipe dos profissionais envolvidos no tratamento - psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, e investimento na qualificação dos mesmos.

Muitos avanços ocorreram com as experiências de desinstitucionalização. Entretanto, deve-se ter sempre uma visão critica e ficar atento para que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que se constituíam como lugares de passagem, não encaminhe-se para a institucionalização. Para que isto não ocorra, torna-se crucial a instrumentalização dos profissionais envolvidos e a permanente preocupação com a qualidade dos serviços oferecidos.

Observamos a urgente necessidade de criar uma rede de relações de aproximação entre os pacientes, vizinhos e profissionais para que essa convivência torne-se algo de ordem natural, gere o reconhecimento das diferenças e assim o exercício de tolerância . A união dos grupos envolvidos fortalecerá as reinvidicações e propiciará maiores conquista, pois o caminho percorrido pela Reforma é irreversível e aponta uma nova ordem para reconstrução de identidades políticas e sociais.

“ A vida não pode esperar " !

Disciplina: Neurociências e Comportamento I
Professor: Rafael Leite