terça-feira, 6 de julho de 2010

Pensamento

 


" Conheças todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana" .

Carl Gustav Jung

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amostra de publicações - Temas relacionados à psicologia.


Disciplina: Mètodos Quantitativos em Psicologia
Professor: Evandro Ramos

Este trabalho registra amostra de publicações realizadas em artigos científicos entre 1980 e 2010,  dos seguintes temas: 

- Esquizofrenia
- Transtorno do Pânico
- Depressão



ESQUIZOFRENIA



GRÁFICO ESQUIZOFRENIA
                            




TRANSTORNO DO PÂNICO




GRÁFICO TRANSTORNO DO PÂNICO




DEPRESSÃO

                         


GRÁFICO DEPRESSÃO
                             


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Entrevistas sobre emoções


Disciplina: Educação das Emoções I
Professora: Angelina Athayde

A realização destes vídeos tem o objetivo de buscar, em nossa sociedade, o despertar da consciência do ser humano para reconhecer as nossas emoções e sua influência em nossa vida cotidiana.


Entrevista com a terapeuta Isabel Guimarães:



Entrevista com Dr. Paulo Brasil:

A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA NA BAHIA



Disciplina:  Fundamentos Filosóficos e Epistemológicos da Psicologia
Professora: Rita Rapold
Pesquisa sobre a  História da Psicologia na Bahia

A profissão do psicólogo no Brasil teve inicio com a criação das faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia em 1833 e até o final do século XIX, não havia nenhuma sistematização ou institucionalização do conhecimento psicológico. As associações profissionais e de pesquisa não eram reconhecidas existia apenas pessoas interessadas, curiosos dos temas e questões psicológicas, portanto, não havia a profissão de psicologia no Brasil durante o século XIX, sendo este período denominado pré-profissional.

O período da profissionalização é compreendido entre 1890/1906. A partir de 1975 inicia-se a abordagem desde a gênese da institucionalização da prática psicológica, até a regulamentação da profissão e a criação dos seus dispositivos formais que teve várias discussões sobre essa nova profissão, então um novo rumo começou a ser delineado.

A psicologia foi iniciada como ciência há cerca de 100 anos, sendo a sua regulamentação, como profissão no Brasil, somente em 27 de agosto de 1962 conforme decreto de Lei 4.119; que dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo. Após a inauguração dos laboratórios de psicologia experimental na educação (1906), e a criação do código de ética (1975) a psicologia passa a ter um conhecimento próprio tornando-se detentora de um determinado mercado de trabalho, ainda que compreendido entre a medicina e a educação.

Na Bahia, Nina Rodrigues (1939) aplicou o paradigma ao contexto social no final do século XIX,  produzindo conhecimentos sobre aspectos do ambiente cultural, de tipos humanos, do comportamento de grupos e de pessoas Em 1975 a profissão da área de psicologia passou a estar organizada e estabelecida, sofrendo alterações sócio-econômicas e apresentando-se com formação referente a três grandes áreas como: Clínica, Escolar, Organizacional.

A medicina nacional no período já começava a atentar para a presença dos doentes mentais. Tal preocupação cristalizou-se em 1829, quando foi criada a sociedade de Medicina do Rio de Janeiro. Oriunda das idéias adotadas, em particular, pela Escola Francesa baseava suas teorias no Movimento Higienista, que tinha entre seus objetivos investigar o cotidiano da cidade, realizando um profundo diagnóstico sanitário das instituições existentes na Corte, constatando as precárias condições de vida dos loucos na cidade, que viviam nas ruas e abrigado nas prisões.

Na época do Brasil Colônia perdura o princípio de que os indivíduos eram tratados conforme suas origem e classe social. O louco “rico ficava no âmbito familiar”. O louco “pobre” era deixado livre ou colocado em prisões, morrendo de fome ou por violência física. O médico José Francisco Xavier Sigaud, através do periódico –“Diário da Saúde” – publica um artigo intitulado “ Reflexões acerca do tratamento livre dos doidos pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro” (1835).

Fruto das movimentações no Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 1858, o inspetor de saúde, médico José de Góes Sequeira, protesta fortemente contra as péssimas condições dos insanos na Bahia.

No dia 18 de julho de 1866 é criada a Gazeta Médica da Bahia, periódico que se tornou o grande espaço de pressão e crítica à assistência aos alienados da época. 

Depois em 1864, o governo da província Baiana tomou a iniciativa  de responder as pressões que já existiam da classe média, baixando a Lei Provincial nº. 950  de 27 de maio, autorizando a criação do  “Asylo São João de Deus”. O Presidente da Província propôs a remoção dos loucos inicialmente para um edifício na Quinta dos Lázaros que sem condições de abrigá-los adequadamente é substituído por uma casa no Paço de Itapagipe. A mobilização e as pressões dos médicos, especialmente aqueles exercendo cargos políticos como Deputados Provinciais – Álvares da Silva, Demétrio Cyriaco Tourinho e J. Luiz  D’Almeida Couto, conseguiram que em 18 de julho de 1869, fosse baixada a Resolução Provincial nº 1089, que autorizava a compra do prédio da Quinta da Boa Vista para que  fosse fundado um Hospital de alienados. No dia 16 de abril de 1873, o Desembargador João José de Almeida Couto - Barão do Desterro, juntamente com a Santa Casa de Misericórdia, iniciaram a realização das obras e reformas necessárias. Finalmente em 24 de junho de 1874, é inaugurado na Cidade do Salvador o “Asylo São João de Deus”.

Naquela época o espaço da Psicologia na Bahia era ocupado por curiosos, charlatões e profissionais improvisados de outras áreas, a falta do profissional era grande e a sua necessidade sentida nos hospitais psiquiátricos, escolas e outras áreas. Em face dessa necessidade a Psicologia conquistou seu espaço próprio como área de conhecimento e campos de práticas na Bahia, atingindo a sua autonomia e reconhecimento como ciência específica.

As Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia, tendo a sua origem nas cadeiras de Cirurgia, na Bahia e de Cirurgia e Anatomia no Rio de Janeiro instaladas em 1808, exigia para a conclusão do curso, que o aluno defendesse publicamente uma tese de doutorado.

Grande parte dos trabalhos sobre assuntos psicológicos, nessa época é proveniente dessas teses, que tratavam de temas relacionados à Psiquiatria, Neurologia, Medicina Social e Medicina Legal.

A Medicina veio a ser importante substrato para o desenvolvimento da Psicologia. A evolução do pensamento psicológico no interior da Medicina até o século de XIX preparou o terreno para que o conhecimento e a prática da Psicologia se desenvolvessem a tal ponto que fizeram delinear-se com clareza seus contornos, tendo assim a sua definição como campo autônomo de conhecimento e ação veio a se concretizar  nas décadas iniciais do século XX.

A educação, sobretudo nas décadas iniciais do século XX, era fundamental, foi a principal base sobre a qual a Psicologia emergiu na condição de ciência, tendo sido por seu intermédio que grande parte dos conhecimentos produzidos na Europa e nos EUA chegaram ao Brasil, em virtude dessas características a Psicologia revelou sua autonomia teórica e prática. Esse desenvolvimento gerou sua adequação às necessidades geradas pelos problemas sociais.

 A criação de Laboratórios de Psicologia nos Hospícios e uma das mais importantes evidencia desses processos, sendo que estes na condição de instancias da Psiquiatria vieram a ser relevantes produtores de estudos e pesquisas psicológicas. Esse fato demonstra que a Medicina, produzindo conhecimento psicológico em seu interior, veio a contribuir para que psicologia construísse seu próprio espaço.

Na Bahia João Ignácio de Mendonça e Isaías Alves de Almeida, professor de Psicologia na Faculdade de Filosofia e Pedagogia, respectivamente, foram os pioneiros na implantação de conhecimentos sistemáticos de Psicologia. Constitui-se a nível nacional, em 1957 um movimento pró regulamentação da profissão de psicólogo.

Finalmente, em 1968 foi criado o Curso de Psicologia da UFBA, dez anos após ter sido fundado o primeiro curso no Brasil em São Paulo.
Em síntese, pode-se dizer que a produção psicológica do período colonial refletia as condições da sociedade que não só incorporava seu pensamento dominante, como também seus conflitos. A principal característica do pensamento psicológico é ser tratado no interior de outras áreas do saber, não se vinculando explicitamente a instituições específicas, como viria a ocorrer no período subseqüente.  Das instituições citadas, tiveram grande importância as Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro, e da Bahia, nessas escolas sobressaem-se especialmente as teses de doutorado, muitas das quais abordando assuntos de interesse psicológico e consistindo em importantes fontes de produção sobre fenômenos psíquicos do século XX.

REFERENCIAS:
     
MOREIRA, Juliano. - Memorial Professor O MESTRE/ A INSTITUIÇÃO. 1ª edição. Copyright 2007 - paginas 59 a 66;

PEREIRA ,  Fernanda Martins. - Psicologia em estudo, Maringá, n°2, paginas 19 a 23 – 2003;

Brasil, lei n°4.119 de 27 de agosto de 1962;

Decreto, lei n°. 53.464 de 21 de janeiro de 1964;

Conselho Federal de Psicologia, (1988), Quem é o psicólogo brasileiro?  São Paulo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Esclerose Múltipla

                                                                             
Disciplina: Neurociências e Comportamento I
Professor: Rafael Leite
Slide de pesquisa realizada sobre Esclerose Mùltipla


quarta-feira, 2 de junho de 2010

Resenha do filme - Nós que aqui estamos por vós esperamos



Direção: Marcelo Masagão
Tempo de duração: 73 min
Ano de lançamento: 1998

            É a expressão que o Diretor Marcelo Massagão encontrou cunhada no portal de um Cemitério no interior de São Paulo. Sentença essa que nos alerta e devolve o senso crítico de humildade, que marca a proposta do filme em discutir a banalização da Morte na mesma extensão de banalização da Vida. São marcas de um passado, não muito distante, nos seus mais variados aspectos e que cada minuto da nossa existência ressalta a história dos momentos marcantes do Século XX.
              Marcelo Massagão ainda mostra como um século vai passando, elaborando os seus personagens anônimos, reconstruindo grandes e pequenos acontecimentos sem tempo cronológico e contínuo para se compor uma viagem através da história, juntando pequenos quadros sem uma seqüência lógica mais ampla e que se interliga num todo com sinais de uma modernidade reconstruída de maneira mais humana.
               O Documentário demonstra que: o que hoje é presença, amanhã pode ser ausência incorporada em um contexto complexo de um todo gravado como um script de uma página do livro magnânimo chamado VIDA.
               É nesse mergulho, que o Diretor mostra nas paragens longínquas de uma era chamada século XX, onde muitos de nós, até mesmo sem o exposto da nossa vontade fizemos parte dele, juntando retalhos emotivos de uma história, tingindo cada pedaço com o colorido da sensibilidade humana. Aqui, artistas, intelectuais, líderes políticos e religiosos são arautos da grande massa universal que ainda encontra força para protestar contra a maquinização do homem pelo próprio homem, onde o homem cria a máquina, para depois a máquina recriar o homem.
               Com muita sutileza, o autor capta a essência das transformações de uma geração marcada pelas turbulências das mudanças sucessivas, as descobertas impactantes, as conquistas espaciais, os avanços da ciência, a força da liberdade, o espaço conquistado, as bombas nucleares assustando sábios e doutos,  grandes e pequenos que se misturam para formar a Grande Orquestra que compõe o século XX.
              Parece que tudo fora liberado de uma só vez, o tempo tivesse perdido o seu freio e o conhecimento, como um gigante adormecido, desperta de braços dados com a tecnologia, e bramindo o tempo do progresso, percorre os quatro cantos da terra, dando movimento e revitalizando a espécie humana, deixando os padrões de rastreamento, para uma nova geração de homens, onde Picasso possa voltar desfazendo os absurdos do mundo e demolindo os horrores da guerra, onde a manifestação do Homem Moderno será sentida através da vibração que ele irradiar, onde Hitler traz todos os Judeus ensinando-os a higienizar a humanidade e Gandhi, não precisa morrer mais pela Paz, pois conquistar o inconquistável, já não é mais a marca patente do século do conhecimento.
              Descobrimos que a mensagem pode ficar alerta prefixada na nossa memória, juntando os fragmentos dispersos no nosso mundo interno e que cada lapso de reflexão fosse para dizer que nós  seres humanos, que ainda somos revestidos de tanta fragilidade, e que os limites do homem perante a verdadeira realidade ainda é a Morte. E quando ela chega é demarcando o nosso psiquismo consciente e inconsciente, num percurso entre a sanidade e a loucura, abrindo fendas vulcanizadas na psicosfera vibracional do nosso Eu amedrontado com tanto desrespeito à vida e o festival de realizações para se propagar a Morte. Mesmo que as diferenças da vida nos deprimam e nos massacrem, nos juntem e nos separe, a morte é o único elo que nos une e reúne numa viagem ao desconhecido para alguns e para outros não, mas a expressão está sempre explicita em forma de Convite:
          
 “Nós que aqui estamos por vós esperamos”

Resenha do filme - O Nome da Rosa


Título original: The name of the rose
Direção: Jean Jacques Annaud
Ano de lançamento: 1986


             Estamos no Século XIV, no alvorecer do ano 1327, onde a Idade Média, galanteia  a Igreja Católica, porque  essa era detentora de bens incalculáveis e possuidora do maior nº de Terra do Ocidente. Concentrando o poder nas mãos, Imperadores, Reis, Rainhas e o Povo lhe deviam obediência,, que muitas vezes ultrapassava os extremos. Assim, a força do Clero, desde há muito, manipulava a autoridade ideologia e oprimia a população causando terror e temor a todos, deixando essa época marcada como Idade das trevas.


             Era um poder político centralizado em uma única força, onde a Igreja exercia forte influência sobre Tudo e sobre Todos e os imperadores se aliavam a Ela para tirarem um melhor proveito de seus súditos e do próprio Estado Todo esse período fora marcado pela desintegração do Feudalismo e a formação do Capitalismo  na Europa, com a proteção da Burguesia que pouco a pouco, procurava desestruturar essa organização de Poder, mesmo sabendo que poderiam ser severamente punidos nos interesses matérias e espirituais.

           Na Idade Média, todas as construções ligadas à ordem canônicas, tinham a suas arquiteturas formadas de torres pontiagudas em direção ao céu, simbolizando o “Encontro com o Divino”, para informar que a Igreja e seus representantes já estavam nas proximidades de Deus, o que reforçava o seu cunho controlador, dando origem na arquitetura, ao estilo Gótico.

           Neste período ressalta a obscuridade, o atraso econômico e político, já demonstrando um prenúncio da queda do Império Romano, e os benefícios adquiridos  pelos ensinamentos filosóficos de Santo Agostinho, considerado o último dos filósofos antigo e o primeiro dos medievais.

            É diante desse cenário que buscamos “O Nome da Rosa”, desfilando entre as expressões mais elegantes e refinadas da época da Idade Média, significando: “O Infinito Poder das Palavras”.o que também demonstrava que o acesso ao conhecimento era facultado apenas àqueles que estavam no poder. As bibliotecas eram como um labirinto, um local secreto, um esconderijo dentro dos mosteiros e o conhecimento nelas existentes, não podiam ser dados a qualquer um. O Saber não podia ser tão transparente e de acesso imediato, como o temos nos dias atuais.

          Hoje, “O Nome da Rosa”, virou filme que evidencia a época da Alta Idade Média e que tem 131 minutos de duração, cujo enredo é extraído do livro de Umberto Eco que tem o mesmo nome.

          A saga do Nome da Rosa tem como centro da história  uma Biblioteca, caracterizada como “Reservatório do Saber” e como pano de fundo o Mosteiro  de Abadia onde se passa a trama, no obscuro norte da Itália. Era um mundo fechado, com muralhas e portões que representavam verdadeiras fortalezas. No interior dessa biblioteca existia um saber pagão, que poderia ameaçar a doutrina da Igreja. E o tal Livro Pagão era um trecho de Comédia de Aristóteles, segunda parte poética.

        No personagem Guilherme de Baskerville encontramos características de um Empirista determinado, busca conhecimento através da observação, da experiência, da visão científica contra a especulação. Vejamos que ele carrega consigo “um par de óculos” que simboliza sempre a necessidade de observar bem os fatos. Á medida que ele vai tentando desvendar os assassinatos que ocorre no Mosteiro, adquire uma visão clara dos acontecimentos e passa a buscar a verdade através da observação meticulosa e da recusa por explicações sem sentido. Enquanto todos no Mosteiro atribuem as Mortes como sendo Obra Divina. O Inquiridor Bernardo Gui, que é chamado para desvendar as mortes, já chega vendo Demônios e Bruxarias. Esta é uma forma de conhecimento que não vê realidade - Fé cega na Doutrina é fruto da superstição; e o motivo que gerou o crime é a defesa da tradição contra um novo Saber.

      A Verdade que é tratada no filme, é como algo que se deve buscar através da observação dos fatos.

      Para não se ter uma Fé Cega, é preciso utilizar-se da ciência como instrumento principal para desvendar os mistérios impostos pela religião; lembrando Jesus Cristo quando ensina:

 "Conhecerei a Verdade e ela vos libertará".