quarta-feira, 2 de junho de 2010

Resenha do filme - O Nome da Rosa


Título original: The name of the rose
Direção: Jean Jacques Annaud
Ano de lançamento: 1986


             Estamos no Século XIV, no alvorecer do ano 1327, onde a Idade Média, galanteia  a Igreja Católica, porque  essa era detentora de bens incalculáveis e possuidora do maior nº de Terra do Ocidente. Concentrando o poder nas mãos, Imperadores, Reis, Rainhas e o Povo lhe deviam obediência,, que muitas vezes ultrapassava os extremos. Assim, a força do Clero, desde há muito, manipulava a autoridade ideologia e oprimia a população causando terror e temor a todos, deixando essa época marcada como Idade das trevas.


             Era um poder político centralizado em uma única força, onde a Igreja exercia forte influência sobre Tudo e sobre Todos e os imperadores se aliavam a Ela para tirarem um melhor proveito de seus súditos e do próprio Estado Todo esse período fora marcado pela desintegração do Feudalismo e a formação do Capitalismo  na Europa, com a proteção da Burguesia que pouco a pouco, procurava desestruturar essa organização de Poder, mesmo sabendo que poderiam ser severamente punidos nos interesses matérias e espirituais.

           Na Idade Média, todas as construções ligadas à ordem canônicas, tinham a suas arquiteturas formadas de torres pontiagudas em direção ao céu, simbolizando o “Encontro com o Divino”, para informar que a Igreja e seus representantes já estavam nas proximidades de Deus, o que reforçava o seu cunho controlador, dando origem na arquitetura, ao estilo Gótico.

           Neste período ressalta a obscuridade, o atraso econômico e político, já demonstrando um prenúncio da queda do Império Romano, e os benefícios adquiridos  pelos ensinamentos filosóficos de Santo Agostinho, considerado o último dos filósofos antigo e o primeiro dos medievais.

            É diante desse cenário que buscamos “O Nome da Rosa”, desfilando entre as expressões mais elegantes e refinadas da época da Idade Média, significando: “O Infinito Poder das Palavras”.o que também demonstrava que o acesso ao conhecimento era facultado apenas àqueles que estavam no poder. As bibliotecas eram como um labirinto, um local secreto, um esconderijo dentro dos mosteiros e o conhecimento nelas existentes, não podiam ser dados a qualquer um. O Saber não podia ser tão transparente e de acesso imediato, como o temos nos dias atuais.

          Hoje, “O Nome da Rosa”, virou filme que evidencia a época da Alta Idade Média e que tem 131 minutos de duração, cujo enredo é extraído do livro de Umberto Eco que tem o mesmo nome.

          A saga do Nome da Rosa tem como centro da história  uma Biblioteca, caracterizada como “Reservatório do Saber” e como pano de fundo o Mosteiro  de Abadia onde se passa a trama, no obscuro norte da Itália. Era um mundo fechado, com muralhas e portões que representavam verdadeiras fortalezas. No interior dessa biblioteca existia um saber pagão, que poderia ameaçar a doutrina da Igreja. E o tal Livro Pagão era um trecho de Comédia de Aristóteles, segunda parte poética.

        No personagem Guilherme de Baskerville encontramos características de um Empirista determinado, busca conhecimento através da observação, da experiência, da visão científica contra a especulação. Vejamos que ele carrega consigo “um par de óculos” que simboliza sempre a necessidade de observar bem os fatos. Á medida que ele vai tentando desvendar os assassinatos que ocorre no Mosteiro, adquire uma visão clara dos acontecimentos e passa a buscar a verdade através da observação meticulosa e da recusa por explicações sem sentido. Enquanto todos no Mosteiro atribuem as Mortes como sendo Obra Divina. O Inquiridor Bernardo Gui, que é chamado para desvendar as mortes, já chega vendo Demônios e Bruxarias. Esta é uma forma de conhecimento que não vê realidade - Fé cega na Doutrina é fruto da superstição; e o motivo que gerou o crime é a defesa da tradição contra um novo Saber.

      A Verdade que é tratada no filme, é como algo que se deve buscar através da observação dos fatos.

      Para não se ter uma Fé Cega, é preciso utilizar-se da ciência como instrumento principal para desvendar os mistérios impostos pela religião; lembrando Jesus Cristo quando ensina:

 "Conhecerei a Verdade e ela vos libertará".

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